quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A tal carta (continuação)



 Resolveu responder a carta, e por que não faria isso? Seu coração não cabia dentro do peito de tanta alegria que sentia. A vida lhe sorriu agora, seu mundo se tornou mais verde, mais belo. A emoção do primeiro amor estava a florescer novamente. Ela sempre, desde pequena foi apaixonada por Eduardo. 
 Sempre foram muito grudados, eram melhores amigos, e desta longa e bonita amizade nasce o primeiro amor dos dois. Os pais de Eduardo nunca foram a favor da amizade e do relacionamento dos dois. Mônica, a menina que esperava a carta, sempre foi muito comporta, educada, não havia uma pessoa no mundo que não gostasse dela. Talvez seja por esse motivo que os pais dele não fossem muito com a cara dela. 
 Na carta em que escreveu para mandar a ele dizia mais ou menos assim: "Esperei bastante tempo por essa carta, nem consigo me conter de tanta alegria. Claro que não paro de pensar em você, sinto falta de nossas conversas, nossos sonhos, nossas brincadeiras. Quando você se foi, uma parte de mim foi junto de você. Tentei seguir minha vida, mas meus pensamentos sempre lhe pertenceram, eu acho, porque nunca consegui lhe tirar de lá. Não só dos meus pensamentos, mas do meu coração também. Sempre antes de dormir, lembro-me de tudo que havíamos passados juntos. E fico pensando o porquê de tudo isso ter acontecido, será que não era para acontecer? E se fosse, por que não consigo lhe tirar de dentro de mim? Não sei a resposta para nenhuma das perguntas. Só sei que ainda existe algo muito forte entre nós, e não é algo que se abale facilmente. Porque se fosse, eu nem lembraria mais da sua existência, e de como me magoou ver você indo embora naquele avião. Acho que nossos caminhos foram separados para que fossemos testados, para testar o que sentimos um pelo outro. E aparenta que passamos no teste, pois para mim ele continua o mesmo. Estarei esperando a sua ligação, o meu número também continua o mesmo, estou esperando você chegar, para continuarmos de onde paramos. O que vivemos não pode ser esquecido ou deixado de lado assim. Ou colocamos logo um ponto final agora, ou seguimos de onde paramos. Estou com muitas saudades de você, dos teus abraços, de ti tirar a paciência. De como eu era feliz. Se não de para continuar, sua amizade ira ser o suficiente, porque seu apoio, e sua amizade me fortalece. Venha logo, beijos. Mônica."
 Após terminar de escrever a carta, foi correndo ao correio, não queria perder mais tempo, já havia perdido tempo de mais. Queria que seu mundo voltasse a ser o que era antes. Queria voltar a ser feliz, de bem com a vida. Não que não fosse, porque era, mas tudo era mais fácil com ele ao seu lado. 
 A resposta não demorou muito a chegar, passaram-se alguns dias e Eduardo ligou pra ela. Passaram-se horas no telefone, até que o assunto morreu, entrou em um beco sem saída, mas não desligaram, ficaram ouvindo a respiração um do outro. Felizes por ter a companhia que tanto desejavam e ansiavam. 
 Após algumas semanas a chegada de Eduardo era o que importava. Ele chegou, cheio de presente e de promessas de que jamais a abandonaria de novo.
 E assim, eles viveram de onde haviam parado e o futuro sempre com belas surpresas para os dois...  

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