quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quando amor não é mais o sufuciente




 -Não foi isso que eu quis dizer!
 -Sei exatamente o que aquelas palavras significam.
 Ele segurou o braço da menina evitando que ela fosse embora.
 Não foi um aperto bruto e dolorido, ou um gentil e suave, foi um aperto firme, como se todas as esperanças estivessem depositadas naquele aperto.
 -Não usei as palavras certas!
 Ela olhou de cima a baixo como quem olha um saco de lixo nojento.
 -Meça sempre suas palavras, pois eu não vou penera-las em minha cabeça!
 Se soltou das mãos do garoto.
 -Mas Liz...
 -Acho que foi pouco, não é? Me fez sofrer durante esses 6 anos, e sabe disso! E mesmo assim ainda não acha que isso foi o suficiente.
 -Mas eu a amo.
 -Ama? Então deixe-me ir! Nós dois sabemos que é o melhor para mim!
 -Eu não quero te deixar!
 -E nem sempre fazemos o que queremos, às vezes fazemos o que é preciso. Se me ama, me deixe em paz, por favor.
 A garota virou as costas e foi embora.
 E nunca mais voltou.



 Mell Carneiro (hurricanenight.tumblr.br)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Reter com mãos abertas

 "Se você ama alguma coisa, deixe-a livre. Se ela voltar, é sua; se não voltar, nunca foi."


 "Era uma vez um menino que encontrou, num bosque próximo à sua casa, um pardal cuja asa estava quebrada. Recolheu-o, fez-lhe uma gaiola de varetas e tratou ele com paciência, até que se recuperou. Em pouco tempo, tomou-se de amores pela avezinha, passando a pensar que ela era "sua".
 Passado um mês, mais ou menos, o pardal curou-se e começou a tentar fugir da gaiola, batendo as asas e atirando-se contra as varetas. Diante disso, o pai do garoto aconselhou-o: "Meu filho, você precisa deixá-lo ir embora. É um pássaro livre, jamais seria feliz numa gaiola. Se o mantiver preso, ele vai se ferir e poderá ferir a você também".
 Levaram a gaiola para fora de casa; o menino retirou o passarinho de dentro dela com cuidado. Pressentindo a liberdade, o pardal abriu as asas, tentando voar. Num movimento automático, o menino cerrou a mão, sentindo um medo súbito de perder para sempre o animalzinho de estimação. A avezinha grasnou, batendo em vão as asas.
 - Filho - disse o pai com brandura - abra a mão. Sei que você o ama, mas veja como ele se debate! Numa fração de segundo, suas asas tão frágeis podem partir-se. Apertando-o com força, para evitar que fuja, você pode machucá-lo e talvez até venha a matá-lo.
 - Mas, se abrir a mão, ele voará! - exclamou o menino.
 - É possível! - respondeu o pai. - Mas se ele voar talvez um dia volte, quem sabe. Porém, caso você tema perdê-lo, pode vir a mutilá-lo ou a matá-lo, perdendo-o do mesmo jeito e sem alternativa. A única maneira de reter o que é selvagem é mantendo as mãos abertas.
 O menino abriu a mão e o pardal voou imediatamente, é claro. Tristonha, a criança viu-o partir, entrando com o pai em casa. Durante todo o dia foi tomado por uma solidão imensa. Na manhã seguinte, porém, ele foi despertado pelo som de um chilrear conhecido e viu um pardalzinho pousado num galho próximo à janela. Não conseguiu saber se aquele era ou não de fato o seu pardal, mas, ao descer para o seu café da manhã, percebeu que sua solidão havia desaparecido."
                                                                                                   Autor desconhecido!

sábado, 18 de agosto de 2012

Beleza própria



 Um pouco de fé é o que falta. A confiança é indispensável, o medo sempre vem, sempre. Mas para que focar nele? Há tantas outras coisas para se focar, como na esperança, na confiança, na fé. Se for para ser, será isso é fato. 
 A sua sombra algumas vezes pode ti assustar, mas não tema, sempre haverá esperança, sempre terá alguma chance, você é capaz, por que não seria? Levanta a cabeça, solta o cabelo e lá vamos abalar todos os obstáculos, nada é páreo para você. Nada é colocado em seu caminho sem um propósito, acredite.
 Algumas vezes nossos obstáculos são os nossos medos, o tal pavor de se soltar, de se liberta, tirar essa timidez e dá aquela aquele show. Um música diz mais ou menos assim: "Porque nós somos bonitos, não importa o que digam. Sim, palavras não vão me abalar, oh não. Nós somos bonitos de todas as maneiras. Sim, palavras não podem nos abalar, oh não. Não me abale hoje". É bem assim. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A tal carta (continuação)



 Resolveu responder a carta, e por que não faria isso? Seu coração não cabia dentro do peito de tanta alegria que sentia. A vida lhe sorriu agora, seu mundo se tornou mais verde, mais belo. A emoção do primeiro amor estava a florescer novamente. Ela sempre, desde pequena foi apaixonada por Eduardo. 
 Sempre foram muito grudados, eram melhores amigos, e desta longa e bonita amizade nasce o primeiro amor dos dois. Os pais de Eduardo nunca foram a favor da amizade e do relacionamento dos dois. Mônica, a menina que esperava a carta, sempre foi muito comporta, educada, não havia uma pessoa no mundo que não gostasse dela. Talvez seja por esse motivo que os pais dele não fossem muito com a cara dela. 
 Na carta em que escreveu para mandar a ele dizia mais ou menos assim: "Esperei bastante tempo por essa carta, nem consigo me conter de tanta alegria. Claro que não paro de pensar em você, sinto falta de nossas conversas, nossos sonhos, nossas brincadeiras. Quando você se foi, uma parte de mim foi junto de você. Tentei seguir minha vida, mas meus pensamentos sempre lhe pertenceram, eu acho, porque nunca consegui lhe tirar de lá. Não só dos meus pensamentos, mas do meu coração também. Sempre antes de dormir, lembro-me de tudo que havíamos passados juntos. E fico pensando o porquê de tudo isso ter acontecido, será que não era para acontecer? E se fosse, por que não consigo lhe tirar de dentro de mim? Não sei a resposta para nenhuma das perguntas. Só sei que ainda existe algo muito forte entre nós, e não é algo que se abale facilmente. Porque se fosse, eu nem lembraria mais da sua existência, e de como me magoou ver você indo embora naquele avião. Acho que nossos caminhos foram separados para que fossemos testados, para testar o que sentimos um pelo outro. E aparenta que passamos no teste, pois para mim ele continua o mesmo. Estarei esperando a sua ligação, o meu número também continua o mesmo, estou esperando você chegar, para continuarmos de onde paramos. O que vivemos não pode ser esquecido ou deixado de lado assim. Ou colocamos logo um ponto final agora, ou seguimos de onde paramos. Estou com muitas saudades de você, dos teus abraços, de ti tirar a paciência. De como eu era feliz. Se não de para continuar, sua amizade ira ser o suficiente, porque seu apoio, e sua amizade me fortalece. Venha logo, beijos. Mônica."
 Após terminar de escrever a carta, foi correndo ao correio, não queria perder mais tempo, já havia perdido tempo de mais. Queria que seu mundo voltasse a ser o que era antes. Queria voltar a ser feliz, de bem com a vida. Não que não fosse, porque era, mas tudo era mais fácil com ele ao seu lado. 
 A resposta não demorou muito a chegar, passaram-se alguns dias e Eduardo ligou pra ela. Passaram-se horas no telefone, até que o assunto morreu, entrou em um beco sem saída, mas não desligaram, ficaram ouvindo a respiração um do outro. Felizes por ter a companhia que tanto desejavam e ansiavam. 
 Após algumas semanas a chegada de Eduardo era o que importava. Ele chegou, cheio de presente e de promessas de que jamais a abandonaria de novo.
 E assim, eles viveram de onde haviam parado e o futuro sempre com belas surpresas para os dois...  

sábado, 11 de agosto de 2012

A tal carta


 Passaram-se alguns meses e nada tal carta chegar. A ânsia estava a tomar conta a cada olhada a caixa de correio, a cada dia que se passava a menina ficava a espera. E sempre o breve desapontamento de não haver nada a sua pessoa.
 Já cansada dessa ladainha de se iludir com a tal carta, a menina resolveu deixar tudo isso de lado. Não valia a pena tanta espera, nem se quer sabia qual séria o conteúdo dela, talvez fosse melhor assim. Quem sabe a carta lhe disse-se coisas que não queria ser lidas. Melhor deixar passar e seguir em frente.
 Como era sua rotina assim que chegar do colégio, retirou todas as cartas, só que desta vez não conferiu nenhuma se havia alguma em seu nome. Deixou todos os envelopes em cima da mesa e foi direto para o seu quarto. Após um tempo escutou sua mãe lhe chamando, dizendo que tinha uma carta para ela. A menina se surpreendeu. Quem será que estava lhe mando uma carta? Foi direto ao encontro da mãe e buscou a carta, e logo depois foi para o seu quarto saber o conteúdo dela. E de imediato a surpresa foi visível, a tal carta tinha chegado.
 A carta dizia mais ou menos assim: "Desculpa não ter lhe enviado nada antes, não sabia muito bem o que escrever, estava com medo de você não lembrar mais de mim. Sei que é um pensamento bobo, mas é bem assim que me sinto. Devia ter lhe escrito assim que cheguei aqui. Fiquei com um pouco de medo de você pensar que eu era um obsessivo, ou sei lá o que. Fiquei um pouco apavorado de demostrar de mais meus sentimentos e ele não ser reciproco. Tivemos uma pequena história que não terminou muito bem, ela acabou sendo interrompida pela minha viagem inesperada. Não queria nem um pouco ter partido, mas foi preciso, não podia ficar ai, com você. Meus pais nunca aprovaram nosso relacionamento, ainda não consigo entender o porquê disso. Só estou mandando essa carta para cumprir o prometido, sei que você já deve está seguindo a sua vida, e que não pode me esperar para sempre. Só queria deixar claro que não paro de pensar em você e que ainda gosto de você, minha pequena. Eu não espero receber resposta desta carta, nem sei se quero, sei que as notícias não serão nada agradáveis. Mas só queria lhe avisar que daqui a algumas semanas estarei voltando a minha cidade, e se você puder ir ao meu encontro irei adorar. O número do meu celular continua o mesmo. Beijos. Eduardo."
 A menina não conseguiu se conter, havia lágrimas em seus olhos. Claro que não o havia esquecido, e que também não parava de pensar nele. Algumas vezes é preciso deixar o tempo se seguir para algumas coisas acontecerem. Nada de pressão, tudo em seu tempo.
                                                                                                              Continua...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pequena parte


 Não sou garotinha frágil que muitos pensam. Na verdade nem me acho mais uma garotinha, também não estou querendo dizer que sou uma mulher já formada. Nada disso, estou no meio termo. Posso parecer infantil, idiota, até mesmo retardada. Mas isso não passa de uma proteção, algumas pessoas me dizem que eu sou muito madura para minha idade, será? Digamos que alguns momentos sim, ás vezes penso que irei desmoronar em certas ocasiões e aguento firme.
 Eu sempre gostei das coisas do meu jeito, sou um pouco chata com isso, na verdade eu sou chata. Irrito-me facilmente, me meto nas coisas mesmo quando não sou chamada, sou difícil de se conviver, mas pelo que dizem, sou uma ótima amiga. Sou muito sentimental, quase sempre levo as coisas para o lado pessoas. De imediato fecho logo a cara, mas sou do tipo de pessoa que perdoa rápido, e que não passo muito tempo com a cara fechada. Depois de alguns minutos lá estou eu de novo rindo e brincando, como se nada tivesse acontecido.
 Toda noite, antes de dormir, eu fico a imaginar o que poderá acontecer no dia seguinte, coisas que eu sei que e bem difícil de acontecer, fico imaginando o que será que você está fazendo nesse momento. Sou completamente errado, amo atenção, e dou carinho demasiadamente, isso irrita as pessoas, elas sempre perdem a paciência comigo. Sou um pouco ingênua, choro por muitas bobagens, mas não sou a pior pessoa do mundo. Gosto de bandas populares, de filmes idiotas, livros de grandes paixões. Nada muito complicado, gosto muito de coisas fáceis, só que nem tudo é assim, é sempre bom batalhar um pouco para conseguir o que queremos.
 Sou do tipo de garota, que não se importa de jogar video game, de assistir jogo de futebol, e de sair e ficar olhando o tempo, a lua e as estrelas, coisas simples me deixa feliz. Momentos verdadeiros, que são feitos com o coração. Sou muito mais que isso, mas isso é uma pequena parte de quem eu sou de verdade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Caixinha de surpresa


 A vida é uma verdadeira caixinha de surpresas. O mundo está sempre a mudar, ele não para, ele gira, gira e gira. As pessoas estão sempre mudando, sempre nos surpreendendo. Algumas mudanças acontecem rápido de mais, e não de uma forma boa. Mas o mundo dá voltas, hoje você está por cima, cuidado, amanhã você pode está lá embaixo. Por isso não se sinta superior que ninguém, deixe de humilhar, de se sentir o gostosão, amanhã você pode ser o humilhado, o zé ninguém. 
 A vida é bem assim, hoje você ganha, amanhã você perde. Hoje estamos felizes, depois não. Um dia somos como melodias alegres, vibrantes, outro como melodias dramáticas, tristes. Estamos em eternas mudanças, nunca é tarde para mudar. É sempre bom mudar, mudar o visual, o jeito de ser, de pensar, renovar tudo o que há na vida. Só que a mudança tem que vir de dentro, você tem que fazer a diferença. Mostrar que pode ser melhor, fazer as pessoas sorrirem. Nada de tristeza. 
 Uma coisa é certa, temos que fazer a diferença, não só para nós mesmo, mas para os outros. Nunca é tarde para fazer novas amizades, ter novas experiências. Vivendo e aprendendo, assim irei seguindo a vida.